ALUNOS DA EMEF LOURENÇO FILHO PARTICIPAM DA ABERTURA DO SHOW DE CHICO SALEM EM VIRADA CULTURAL NO CÉU JAÇANÃ
Evento contou com a integração dos grupos da AEL Ilan Brenman, Imprensa
Jovem e o cantor Chico Salem.
Matéria produzida
pela equipe de Imprensa Jovem da EMEF Lourenço Filho
No dia,
18 de maio, os alunos da Academia Estudantil de Letras (AEL) Ilan Brenman da
Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Lourenço Filho, da Diretoria
Regional Jaçanã Tremembé (DRE JT), participaram do show de abertura da Virada
Cultural, Céu Jaçanã com um esquete “Sketch” de nome “A carta”.
O
evento contou com uma encenação rápida, porém cômica, onde os atores demonstraram
grande capacidade de improvisação e encantaram a plateia.
O multi-instrumentista,
cantor, compositor e produtor musical Chico Salem encontrava-se presente e
prestigiou a encenação.
O
evento partiu de um projeto de Protagonismo Cultural das escolas, no Sarau do
CEU Jaçanã, proposto em uma articulação entre DICEU/CEU/Supervisão/Escolas,
onde um sábado por mês, os grupos de arte e protagonismo juvenil das Escolas
Municipais de Ensino Fundamental (EMEFs) estariam se apresentando. A data do
mês de maio culminou com o evento da Virada Cultural e os alunos foram
convidados a abrir o show do cantor Chico Salem.
Ao
chegarem ao local os alunos foram recebidos com muita alegria pelo Supervisor
da Secretaria Municipal de Educação (SME), da Diretoria Regional de Ensino
(DRE) Jaçanã Tremembé (JT), Jamir Candido Nogueira, que em conversa com as
professoras Newci Sanches Prado, coordenadora de estudos literários e Regimara
Afonso de Oliveira Degilio Mufalo, coordenadora de atividades teatrais do
projeto AEL (Academia Estudantil de Letras) da Escola Municipal de Ensino
Fundamental (EMEF) Lourenço Filho explanou o roteiro da atividade, comentando
ainda que o cantor gostaria de um “bate-papo” com os alunos e plateia presente,
após a encenação e anteriormente ao show.
Os
alunos adentraram ao palco e encantaram a todos com sutileza, elegância,
carisma e competência, provocando gargalhadas aos presentes.
Logo
após o Sr. Jamir, já mencionado anteriormente agradeceu aos atores, enobrecendo
o trabalho, comentando e demonstrando imensa satisfação, convidando então o
canto Chico Salem a sentar-se no palco e dar continuidade ao evento.
Com
imensa simpatia o músico fez uma breve apresentação e deu por aberto os debates
a todos os presentes.
Para
inicio de conversa o Sr. Marcelo Rodrigues de Lima, professor de história da
rede estadual, mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC),
músico de uma banda autoral de rock brasileiro, chamada “o Mandruvá” pediu a
palavra e questionou Chico Salem acerca de quais seriam as diferenças e
vivências dele em relação a ser um músico autoral e cantor, tentando uma
carreira solo e sendo um músico baterista de um artista conhecido. O musico sorriu
e afirmou “gosto de fazer as duas coisas, creio que elas se completam, penso
que todos nós músicos deveríamos passar por ambas as situações. Aprendi e ainda
aprendo muito”.
Em
sequencia o integrante da plateia Rudá Oliveira Lima, um menino de 10 anos que
estava eufórico participando do debate, que se questionou o artista em “Como
você conheceu o Arnaldo Antunes? E qual seria o instrumento que você mais gosta
de tocar?” e o mesmo sempre com uma alegria e brilho no olhar respondeu. Bem,
“conheci o Arnaldo há 20 anos quando ele precisou de um guitarrista e eu,
estava no local certo e na hora certa. A princípio ele gostou do meu trabalho e
eu fazia algumas apresentações com ele como freelance, posteriormente o Arnaldo
substituiu os músicos de sua banda pelos substitutos e sorriu. Bem com relação
a instrumentos toco diversos como baixo, violão, guitarra, cavaquinho, porém o
meu fiel amigo mesmo é o violão”.
Em
seguida a Sra. Newci Sanches Prado, professora da Escola Municipal de Ensino
Fundamental (EMEF) “Lourenço Filho” questionou o cantor sobre, o que o levou a
buscar o meio artístico e quais as suas principais dificuldades no decorrer da
carreira. Chico, com o semblante sereno e simpatia comentou. “Bem, eu nasci em
um ambiente de artistas, vivi isso desde muito cedo, muita música boa e isso me
contagiou desde cedo. No ambiente escolar em que estive também havia diversas
atividades que favoreciam o desenvolvimento do gosto pela boa música. Bem aí eu
me contagiei e estou aqui até hoje. Não posso dizer que tudo sempre foi fácil,
é um meio onde as dificuldades e adversidades aparecem a cada dia, porém a
persistência e o amor pela arte nos animam a continuar e buscar sempre novos
caminhos”.
O bate
papo continuou e o músico falou muito sobre sua carreira onde os educandos
puderam conhecer um multi-instrumentista, cantor, compositor, produtor musical
que fez parceria com Arnaldo Antunes em diversas composições e shows pelo
Brasil e pelo mundo. Conhecido também como guitarrista na banda do ex-Titãs, já
subiu ao palco com artistas como Luiz Melodia, Marina Lima, Marisa Monte,
Carlinhos Brown, Elza Soares, Zeca Baleiro, Emicida, Adriana Calcanhoto, Nando
Reis, Branco Mello, Erasmo Carlos, entre outros. Iniciou sua carreira solo em
2002 e agora lança um segundo trabalho, Maior ou Igual a Dois, repleto de
parcerias.
Ao
finalizar o bate-papo com os alunos e plateia Chico Salem agradeceu e deixou
sua mensagem de carinho e motivação aos alunos da EMEF Lourenço Filho:
“Gostaria imensamente de agradecer a vocês a oportunidade de estar aqui e poder
conversar um pouco sobre sonhos, carreira, trabalho e conquista. Que vocês
possam acreditar muito em vocês pude perceber que existe um trabalho
maravilhoso e estão sendo incentivados a buscar na arte um mecanismo de
projeção e crescimento pessoal e enquanto pessoas. Nunca desistam daquilo que
desejam, busquem, sonhem, trabalhem e conquistem. Tenho certeza de que vocês
alcançarão o sucesso. O meu muito obrigado!”.
Dando
sequencia na apresentação o Sr. Jamir agradeceu ao músico e aos alunos da EMEF
Lourenço Filho, explanou sobre o trabalho da Secretaria Municipal de Educação
(SME) em incentivar a cultura, os projetos, o protagonismo juvenil e de quanto
isso vem crescendo na rede e consequentemente o quanto nossos alunos vêm
aprendendo e tendo oportunidades de participar dessas ações e traçarem seus
caminhos, sendo preparados para serem cidadãos conscientes, críticos e
participativos.
O
músico pediu licença e se retirou preparando-se para a apresentação. Algum
tempo depois retorna com sua banda e apresenta o show “Chico Salem apresenta
Raul Vivo”.
Nesse
intervalo os alunos do projeto “imprensa jovem” da EMEF Lourenço Filho
aproveitaram a oportunidade pediram licença para entrevistar o Sr. Jamir
Candido Nogueira, Supervisor da Secretaria Municipal de Educação (SME), da
Diretoria Regional de Ensino (DRE) Jaçanã Tremembé (JT) como segue na íntegra.
Imprensa jovem: Boa noite Sr. Jamir. Poderíamos
conversar um pouco sobre a organização do evento e as suas observações a
respeito?
Prontamente
o supervisor concordou.
Imprensa jovem: Como
surgiu a ideia do evento "projeto de Protagonismo Cultural das escolas,
sarau no CEU Jaçanã"?
Sr. Jamir: No final de 2017, quatro Supervisores
da DRE-JT (Diretoria Regional de Educação) foram ao lançamento do livro de
poesias autorais escritas pelos estudantes do VOPO – Vozes Poéticas, projeto da
EMEF Paulo Carneiro e estudantes do AMOR – Arte, Movimento e Rebeldia, projeto
da EMEF Marechal Rondon.
O
lançamento foi numa Biblioteca Municipal na Freguesia do Ó e foi editado pela
Editora dos Poetas do Tietê.
Nós,
supervisores da DRE-JT percebíamos que em muitas das nossas EMEF havia
excelentes projetos de Protagonismo Cultural dos adolescentes e que mereciam
ganhar visibilidade e incentivar outras Unidades a montarem seus projetos...
Daí
a ideia de resgatar o Sarau do CEU Jaçanã, com outra base...
Imprensa jovem: Há
quanto tempo esse projeto existe?
Sr. Jamir: Desde março de 2018, uma vez por mês, no Teatro do
CEU.
Imprensa jovem: Com
o passar do tempo o que você tem notado com relação ao "protagonismo
juvenil" que vem acontecendo nas escolas municipais? Tanto em espaços da
própria unidade escolar, quanto externos.
Sr. Jamir: Houve o surgimento de novos projetos e alguns
que já existiam passaram a ser melhor “percebidos” e valorizados.
Vários
deles já foram levados para outras instâncias: Fórum de Educação Integral,
Secretaria Municipal de Educação, Secr. De Cultura, concursos de SLAMs de
poesia, Casarão da Vila Guilherme, Fórum Cena Norte de Cultura, bibliotecas
municipais, Saraus pela cidade, outras escolas em outras regiões.
Imprensa jovem: Quais
as contribuições desse projeto para a formação dos educandos?
Sr. Jamir: Todas as linguagens artísticas fazem parte da
formação do ser humano. A expressão da arte em si já bastaria. Mas, além disso,
uma esquete teatral exige leitura, pesquisa, conhecimento. A escrita de uma
poesia requer exercitação prática e criação de possibilidades inspirativas. A
música/dança exige sensibilidade, conhecimento corporal, conhecimento
matemático... Literatura exige conhecimento em várias áreas para a escrita... E
assim vai com a fotografia, pintura, escultura, enfim, com todas as
linguagens...
Imprensa
jovem: A oportunidade dos alunos efetuarem a
apresentação de abertura do show do cantor Chico Salem, já era prevista? Caso
afirmativo ou negativo, qual foi a sua recepção quando constatado o fato?
Sr. Jamir: Como é um projeto que envolve a Supervisão, a DICEU
(Divisão do CEU e Educação Integral), CEU e as escolas, fazemos um calendário
no inicio do ano.
A
data de 18.05 já era prevista para o Sarau de Maio e quando veio à notícia de
que haveria um show da Virada Cultural, nós propusemos para o CEU que
consultasse o artista se ele permitiria uma apresentação de abertura com
estudantes.
Houve
autorização, apenas os horários tiveram que ser ajustados.
Imprensa
jovem: E o cantor? De quem partiu a ideia de
um "bate papo" junto aos alunos após a encenação e pré-show do mesmo.
Sr. Jamir: O bate papo foi proposto pela produção do artista.
Apenas sugerimos que ele assistisse a apresentação dos estudantes.
Imprensa
jovem: Qual o seu sentimento com relação a
esquete apresentada pelos alunos da EMEF Lourenço Filho, AEL Ilan Brenman?
Sr. Jamir: Muita satisfação de ver nossos estudantes mostrando
suas formas de expressão. No caso, a partir da Academia Estudantil de Letras, o
contato com os textos e sua expressão cênica prova o tanto de
conhecimento que foi mobilizado com intencionalidade pelos professores em
contato com os participantes da AEL.
Imprensa
jovem: Você já conhecia o projeto AEL? Já
havia participado de algum evento relativo ao mesmo?
Sr. Jamir: O projeto AEL já conhecia, pois fui supervisor na
DRE-Penha, onde ele nasceu.
Imprensa
jovem: A apresentação foi satisfatória?
Sr. Jamir: Sim. Muito. Eles foram ótimos. Quero ver mais!!!
Imprensa
jovem: Como você definiria esse momento?
Satisfação.
A Educação resistirá a todos os ataques que vem sofrendo. Escola é lugar de
pensamento, de conhecimento.
Sr. Jamir: Não é lugar de mordaça, silenciamento, tristeza...
Imprensa
jovem: O que você acredita que seja importante
para que momentos como esses sejam oferecidos e bem aproveitados por todos?
Sr. Jamir: Fazermos mais e mais disso. Criarmos projetos de
conhecimento para o pensamento, a expressão corporal, a criatividade. O ser
humano é integral. Criarmos espaços para que esta Educação apareça para outros
jovens, para os educadores e para a comunidade.
A
Educação transforma.
Imprensa
jovem: Sr. Jamir obrigada pela entrevista e a
oportunidade de participar de uma ação tão gratificante. Em nome da EMEF
Lourenço Filho lhe agradecemos e, quando tiverem mais oportunidades podem nos
convidar que faremos questão de estarmos presentes.
Em sequencia as luzes se
apagam e Chico
Salem adentra o palco envolvendo a todos os presentes em uma energia
contagiante e alegre. Alunos, professores, gestão e plateia levantam e
interagiram junto ao artista.
“Professora
eu não conhecia esse artista e de verdade? Achei que não conhecesse o Raul
Seixas também, mas quando ele começou a cantar, nossa eu fui me envolvendo,
envolvendo e quando vi estava pulando e cantando junto. Foi muito bom!”, afirma
a aluna do 8ºano Julia Ramos Ferreira, integrante do projeto AEL (Academia
Estudantil de Letras “Ilan Brenman”).
Já
aluna Rayane Gabrielle de Oliveira Fabris também aluna do 8ºano e integrante do
projeto afirmou “professora foi a primeira apresentação que fiz, eu estava
muito nervosa, você não tem noção do quanto, mas eu posso dizer uma coisa:
Nunca mais vou querer sair desse projeto, eu adorei!.”
Ao
colhermos esses depoimentos chegamos a conclusão de que a educação vale a pena
e como já dizia Nelson Mandela “A educação é a arma mais poderosa que você pode
usar para mudar o mundo”, não temos a menor dúvida com relação a isso.
Para
finalizar nossa matéria deixamos aqui um comentário da Sra. Maria Roselei Neres
Negro, diretora da EMEF Lourenço Filho acerca do evento.
“O
nosso agradecimento a Secretaria Municipal de Educação (SME)e a oportunidade de
nossos alunos mostrarem seu aprendizado. Satisfação por ver que a cada dia o
protagonismo juvenil tem ocupado seu espaço na educação e na sociedade e que a
EMEF Lourenço Filho faz parte desse processo”.
Confira
a galeria de fotos em:
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