segunda-feira, 18 de abril de 2022

ALUNOS DA EMEF LOURENÇO FILHO “AEL ILAN BRENMAN” PARTICIPAM DA 11ª SEMANA DE ESTUDO E LEITURA “THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO”

 Grupo de pessoas em um tapete vermelho

Descrição gerada automaticamente com confiança média

O evento contou com a participação dos alunos da AEL “Ilan Brenman” e da equipe do Imprensa jovem “Lourenço em Destaque”, dos professores Newci Sanches Prado, André Ribeiro Viana e de membros vitalícios da referida AEL. 

E  no dia  04 de abril, os alunos da Academia Estudantil de Letras (AEL) Ilan Brenman da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Lourenço Filho, da Diretoria Regional Jaçanã Tremembé (DRE JT), tiveram a oportunidade de vivenciar momentos mágicos, após dois anos de pandemia na cerimônia de abertura da 11ª semana de estudo e leitura, que celebra o centenário do Modernismo Brasileiro.

            Após dois anos de pandemia, com atividades desenvolvidas a distância, as expectativas eram imensas.

A programação contou com a participação do coral de professores da DRE Guaianases, apresentação teatral “As cores de Tarsila”, representada pela AEL Vinicius de Moraes, da EMEF Vicentina Ribeiro da Luz, Aricanduva, zona leste; apresentação musical, pot-pourri com declamações poéticas, apresentada pela AEL Carolina Maria de Jesus, EMEF Liliane Verzine Silva, zona Sul; balé “Fadas da Natureza: eternidade em busca do vale perdido”, com os alunos da EMEF Amadeu Mendes, da zona Oeste, intervenções do ator Paschoal da Conceição, interpretando Mário de Andrade e a finalização com o grupo Barbatuques em atuações que motivaram a plateia a interagir com sons do corpo e do ambiente.

Segundo a organização do evento, estiveram presentes cerca de 1000 alunos e a ação foi desenvolvida em parceria com as secretarias municipais de Educação (SME), de Cultura (SMC) e da Pessoa com Deficiência (SMPED). Também compareceram ao evento, o prefeito da cidade Ricardo Nunes e o vereador Eliseu Gabriel, autor da Lei 14.999/09, que institui a referida semana.

            Logo após a abertura do cerimonial o Vereador Eliseu Gabriel pediu a todos os participantes que fizessem um minuto de silêncio em homenagem a escritora Lygia Fagundes Telles que faleceu no dia anterior

            Após a fala das autoridades presentes iniciou-se o momento mágico onde público e plateia envolveram-se em um clima de nostalgia pela comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, onde ocorreu uma manifestação artística-cultural no Theatro Municipal de São Paulo, com apresentações de danças, músicas, recitais de poesias, exposição de obras, pinturas, esculturas, palestras e a retomada das atividades do projeto AEL (Academia Estudantil de Letras) que propõem atividades com funções humanizadoras da literatura, sensibilizam, provocam reflexões e favorecem o exercício do protagonismo infanto-juvenil e adulto.


     

Que as AELs continuem na ativa, que as crianças leiam bastante, participem de peças teatrais, aprendam muito e troquem experiências entre si. Que sejam leitores para os demais, que socializem, que divulguem, que se encantem.” Veja entrevista completa em: FOTOS EVENTO

A emoção já se tornou presente logo no início com o coral da DRE Guaianases, em um espaço onde o som interage com a estrutura, que resgata emoções, que nos faz refletir sobre todas as obras presentes no espaço.

            Em continuidade, crianças encenando “As cores de Tarsila”, nos trazem a beleza da obra, com reflexões sobre o seu contexto, sendo acalentadas pela representação de crianças que tornam o momento leve e encantador.

            Segundo os acadêmicos da AEL Ilan Brenman adentrar em um espaço como o Theatro Municipal, após dois anos reclusos em atividades pedagógicas online, com diversas restrições e se depararem com a magia do Theatro e as atividades ali apresentadas é simplesmente encantador, na verdade um sonho. Com as emoções à flor da pele não foi difícil perceber olhos marejados, semblantes enobrecidos, mãos acalentadoras e alegria do reencontro e sentimento de satisfação presentes naquele momento.

            Ainda em um sentimento reflexivo, o ator Paschoal da Conceição revive Mário de Andrade, sim podemos dizer que a atuação foi tão perfeita, tão emotiva, tão fortalecida na fala e na mensagem ali proposta, que consideramos que Mário de Andrade ali estava presente.

E como se já não bastassem tantas emoções, tantas provocações nesta tarde de reencontros e reflexões, adentram ao palco o balé “Fadas da Natureza: eternidade em busca do vale perdido” com apresentações dignas de uma academia profissional de dança.

Balé das fadas: apresentação sininho

Balé das fadas: apresentação Guerreiros e dragões

Os alunos ali presentes se envolveram de uma tal forma, que o contar da história os fizeram participar e viajar, torcer, sentir e sonhar com essa história de conto de fadas. A cada apresentação uma emoção, a cada finalização uma energia que contagiava e nos envolvia como se ali estivéssemos em um só pensamento, uma só energia, de esperança do novo, do possível, do protagonismo juvenil presente, apoiados pelas secretarias, pelas diretorias de ensino, pelas escolas, por seus professores, por seus familiares e por todos que amam a arte e a educação.

Maria Sueli Fonseca Gonçalves, a Suelizinha, idealizadora e criadora do projeto afirma que durante todos esses anos do projeto AEL os avanços foram inúmeros. Disse ainda que o início foi muito difícil.

                 
                                                                       

“Podemos afirmar que esse momento ficará registrado no coração de cada um de nós. Pela alegria do retorno, pela gratidão dos ensinamentos, pela harmonia do lugar, pelo renascimento das ações que favorecem o protagonismo e tantos encantam, pelo reencontro com as academias que ali estiveram, pelo reencontro com nossos membros vitalícios, pela alegria de nossos acadêmicos e alunos, pelo aprendizado do evento. Gratidão é a palavra que fica registrada aqui pelas infinitas oportunidades que nos foram ofertadas nesta tarde”, conclui a prof.ª Newci Sanches Prado, coordenadora de estudos literários da AEL Ilan Brenman, EMEF Lourenço Filho, DRE Jaçanã Tremembé (JT).

E para a finalização do evento, os presentes foram envolvidos em atuações do grupo Barbatuques, com sons emitidos do corpo, do ambiente, da fala e da mente.

Com certeza o evento que homenageou o Centenário da Semana de Arte Moderna superou as expectativas dos participantes.

Matéria produzida pelo projeto Lourenço em destaque (imprensa jovem EMEF Lourenço Filho) 

Acesse as fotos do evento em: fotos Theatro Municipal 

 

 








 


                


ENTREVISTA COM SAMIR AHMAD DOS SANTOS MUSTAPHA EM 11ª SEMANA DE ESTUDO E LEITURA “THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO”

           

     

Após o evento, tiveram a oportunidade de entrevistar Samir Mustapha, um dos coordenadores do projeto AEL, da Secretaria Municipal de Educação (SME) que gentilmente falou sobre o projeto e o evento em questão.

Geovane:

Boa tarde, meu nome é Geovane, sou aluno da EMEF Lourenço Filho e faço parte do projeto Imprensa Jovem. Gostaríamos de lhe fazer algumas perguntas:

Qual a sua função no projeto AEL?

Samir:  Na rede municipal temos atualmente 167 academias estudantis de letras, distribuídas em diversas regiões e bairros de São Paulo. Inclusive o Lourenço Filho, que fica na zona norte é uma dessas academias que possuem o projeto AEL. Eu desenvolvo um trabalho de coordenação dessas academias e dou suporte para que o projeto aconteça da melhor maneira possível. Auxílio na organização de eventos, como o que estamos hoje que é da Semana de Incentivo da Leitura.

Geovane:

Nesse evento quais foram os maiores colaboradores?

Samir:  Tivemos a parceria da Secretaria Municipal de Educação; do projeto:  duas academias que se apresentaram aqui; a Secretaria de Cultura que colaborou na Organização do Evento e a Secretaria da Pessoa com Deficiência. O projeto também conta com a colaboração do Vereador Elizeu Gabriel, mentor da Lei que tornou essa semana possível.

Geovane:

E o que fez você se interessar pelo projeto AEL?

Samir: 

Bom, eu fui projeto do projeto durante 5 anos, desde 2011. O projeto já existia desde 2005. Na verdade, quando ingressei na minha escola, já existia a AEL Pedro Bandeira, na região da Penha. Depois do trabalho fui convidado a ser um dos coordenadores do projetos em SME ao lado da Suelizinha, a idealizadora e criadora do projeto




E como é para você ver o projeto voltando a ativa, depois de 2 anos de pandemia?

Samir: 

Olha, é emocionante, pois foi difícil para todos esses dois últimos anos. Muitos perdemos familiares, pessoas queridas, tivemos que ficar reclusos, utilizando só a tela do celular, computador. Estávamos todos com saudades dos contatos, das trocas de experiências, de conversar com amigos, de assistir espetáculos. A experiência de trazer tantas crianças e tantos professores para o Theatro Municipal é única. Creio que para muitos é a primeira vez que tiveram a oportunidade de visitar o espaço. Esse privilégio é único, ver a alegria das crianças e professores vendo tantas apresentações bonitas nessa tarde é maravilhoso. Esperamos que ao longo do ano tenhamos muitas oportunidades nos CÉUs, em outros teatros, em cinemas, bibliotecas. Que as AELs continuem na ativa, que as crianças leiam bastante, participem de peças teatrais, aprendam muito e troquem experiências entre si. Que sejam leitores para os demais, que socializem, que divulguem, que se encantem, que falem “olha eu conheço esse autor, você já conhece?” Então é uma troca de aprendizagens imensa. Vocês ensinam muito aos professores, nós aprendemos muito com vocês, então é importantíssimo essa experiência do AEL.

            Aproveitando, vocês estão de parabéns, o Imprensa Jovem também faz um trabalho maravilhoso de comunicação e isso tudo é muito lindo, muito bonito e que vocês continuem estudando e sendo exemplos.

Geovane:

Bem Samir, obrigado a sua disponibilidade em nos atender e esperamos que a AEL esteja em diversos eventos, podemos afirmar que estamos encantados com o projeto.

Samir: 

Por nada, nós é quem agradecemos o carinho de vocês e a cobertura do evento. 

                                

Matéria produzida pelo projeto Lourenço em destaque (imprensa jovem EMEF Lourenço Filho) 

Acesse as fotos do evento em: FOTOS REPORTAGEM



     



            


    
     
 


terça-feira, 14 de abril de 2020

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

IMPRENSA JOVEM EMEF LOURENÇO FILHO EM ENTREVISTA “SLAM DO RIVA”, DAS EMEFS PROF. RIVADÁVIA MARQUES JUNIOR E CLAUDIO MANOEL DA COSTA.





Laura Caroline – Boa tarde! Somos as alunas do grupo Imprensa jovem da EMEF Lourenço Filho e gostaríamos fazer algumas perguntas a vocês.

Prof. Dhiancarlo Miranda – Boa tarde, estamos a disposição.

Laura – Qual o nome do projeto, dos componentes do grupo e a escola que vocês fazem parte?

O projeto chama-se “Slam do Riva”,  e somos das EMEFs Professor Rivadávia Marques Junior e Claudio Manoel da Costa , Diretoria de Ensino  (DRE) São Mateus, meu nome é Dhiancarlo Miranda e esses são Ana Carolina, Sara, Mirela, Marina e Hiago.

Rayane -  O que é o Slam?

Prof. Dhiancarlo O Slam é uma batalha de poesias, que, no nosso caso, como acontece dentro da escola é uma batalha de poesia interclasses. Mas normalmente, todos os anos tem também a batalha de poesias interescolar. Temos participado também dessas atividades fora da escola. Mas, necessariamente a batalha de poesia é uma competição na qual o que está em jogo são as poesias. As regras são básicas, muito simples, mas o intuito é expressar aquilo que sente e que pensa sobre o mundo.

Laura – E como vocês decidiram trabalhar o slam?

Dhiancarlo – No nosso caso, na EMEF professor Rivadávia Marques Junior, surgiu da necessidade em trabalhar Direitos Humanos e, por conta disso colocamos esses assuntos em pauta,  eles foram construindo poemas e através dos poemas começaram a recitar e ai virou o Slam. No caso do Cláudio Manoel da Costa, que é a escola da Marina, o pessoal de lá começou a trabalhar desde o início com o professor Ricardo, que era um professor que já tinha um contato com o Slam, na verdade um amigo meu. Conhecendo o trabalho dele trouxemos para minha escola e desde então foi um sucesso.

Laura – E o que motivou vocês alunos a fazerem parte do Slam?

Ana Carolina – Eu acredito que por sermos adolescentes seja uma forma pra gente ter voz. Pra algumas pessoas é mais fácil, e acaba sendo até mais divertido, a gente acaba passando um pouco mais de expressão, entende?

Mirela – Pra mim começou com a necessidade de tirar as coisas de dentro pra fora, a ter alguma forma de me expressar, pra nada ficar guardado, de forma livre. Sem ter regras, de uma forma que você goste. Eu sempre gostei de escrever, então já me ajudou muito. Você pode escrever o que estava dentro de você preso há muito tempo, e colocar em um poema.

Laura – Então foi algo que te libertou?

Mirela – Sim!

Sara – Eu comecei a escrever devido ao projeto do Slam que o professor fez comigo, e depois disso, quando fui escrevendo fui descobrindo que e acabei gostando. Ajudou bastante, como ela já disse , quando você está mal coloca aquilo pra fora, saem poemas extremamente incríveis. Mas às vezes você não tem coragem de mostrar aquilo pro mundo. Mas é isso, uma forma de mostrar seus sentimentos naquele momento.

Higor – Eu escrevo poemas sobre racismo e sobre depressão, que pra mim são dois problemas que existem na sociedade, mas são deixados meio de lado. Pra mim o Slam é meu lugar de falar, é um lugar onde posso falar o que eu penso e que sei que vou se ouvido.

Marina – No meu caso, eu não era tão ligada a escrever, apenas lia muito, porque na leitura eu encontrava coisas que eu não tinha no mundo real. E ai o professor Ricardo começou com esse projeto do Slam de poesias e foi passando expressões pra gente ir escrevendo e tudo mais. De início eu escrevia sobre o que estava acontecendo, por exemplo, o racismo, o machismo. E depois de três anos escrevendo, eu comecei a escrever sobre o que eu passo sobre o que eu sinto que são coisas quede uns tempos pra cá eu não consigo falar, eu só consigo escrever. Então eu escrevo mais sobre depressão, sobre ansiedade, sobre o pessoal que eu vejo na rua, sobre coisas assim.

Rayane – Qual foi a maior dificuldade para implantação e continuidade do projeto?

Dhiancarlo – Tudo tem muito a ver com a organização dentro da escola. A gente tem um problema sério que é o espaço, o tempo pra fazer esse trabalho, pois o projeto é da sala de leitura, acho que lá no Cláudio Manoel Costa também acontece algo parecido, a gente tem a estrutura da sala de leitura sendo utilizada pra isso, porém às vezes isso não é possível por uma série de fatores. Temos problemas com a estrutura física e contratempos que ocorrem em função do acumulo de atividades. E o que dá muita vasão pra que a coisa continue é a colaboração dos próprios alunos, sem eles a coisa não aconteceria.

Rayane – Como vocês e sentem enquanto recitam os poemas?

Ana Carolina – Tensa, eu me sinto tensa.

Sara – Nervosa e ansiosa.

Mirela – Eu me sinto aliviada, e com medo também. Porque dependendo da pessoa, se ela escrever o que ela sente tem um medo do preconceito que alguém pode ter. Mas me sinto aliviada, porque escrevo o que realmente estou sentindo.

Laura – Gostaríamos de agradecer a disposição de vocês em conversar conosco sobre esse trabalho maravilhoso. Parabéns! Que vocês possam contagiar mais e mais alunos e adolescentes com esse trabalho.



Confira as fotos do evento em :


https://drive.google.com/drive/folders/1IsiIaAPUgzU8mjXTiMTqhkf35yzg-Djv




IMPRENSA JOVEM EMEF LOURENÇO FILHO EM ENTREVISTA COM O SR. ROGÉRIO SOTTILLI, DIRETOR EXECUTIVO DO INSTITUTO VLADIMIR HERZOG



      

Matéria produzida pela equipe de Imprensa Jovem da EMEF Lourenço Filho


Rayane Fabris – Boa tarde! Somos os alunos do grupo Imprensa jovem da EMEF Lourenço Filho e gostaríamos de conversar um pouco com o Sr. sobre o trabalho desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, seria possível?

Sr. Rogério Sottilli – Seria um prazer.

Rayane – Como surgiu o Instituto o qual vocês fazem parte?

Sr. Rogério Sottilli –  O Instituto surgiu a dez anos atrás, por iniciativa da família do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar em 1975, depois de ser barbaramente torturado no DOI-CODI. Ele morreu porque defendia a liberdade de expressão, defendia os direitos humanos, defendia uma educação de qualidade, a cultura, e porque ele era um importante jornalista. Quiseram cala-lo e o mataram.

A família e os amigos de Vladimir Herzog resolveram criar o Instituto para defender o legado dele, a história dele, e ajudar a dar continuidade no motivo pelo qual ele morreu, que era lutar pelos direitos humanos e pela liberdade de expressão. Então o Instituto nasce desta forma.

Hoje o Instituto trabalha com três eixos estratégicos. Um deles é a educação em direitos humanos, que é trabalhar com educação na perspectiva de mudar a cultura de violência que existe no país. Acreditamos que o Brasil é um país muito violento, ele é um país que tem uma cultura de violência e que a violência é naturalizada. Nós precisamos trabalhar muito com educação para que possamos mudar essa cultura.

Então nós temos três projetos de educação: o Respeitar é Preciso, que está em toda a rede de ensino municipal de São Paulo, estamos levando ele pra Pernambuco também, e queremos levar para outros lugares; Temos também um outro projeto chamado Usina de Valores, que trabalha com comunicação não formal, com públicos evangélicos, com grupos de comunicadores periféricos, porque acreditamos que são dois lugares, que são a potência para disseminar valores dos direitos humanos, respeito, solidariedade. Esse é o projeto. E temos um outro que é um curso de especialização em direitos humanos.

Outro eixo é o de liberdade de expressão jornalística, onde temos dois prêmios: o “Prêmio Vladimir Herzog”, prêmio mais importante do jornalismo do Brasil e o outro “Jovens Jornalistas”, onde estudantes jornalistas apresentam uma pauta, onde assim se é escolhido. Temos uma rede de proteção a jornalistas e comunicadores ameaçados de morte.

Sabiam que o Brasil é o país que mais mata os jornalistas e comunicadores no mundo, fora os países de zona de guerra? É uma barbaridade!

Acreditamos que temos que trabalhar nisso, porque o Vladimir morreu porque era jornalista.

Temos um outro eixo que é o de liberdade, de direito a memória, verdade e justiça. Acreditamos que a cultura de violência que tem no país, é porque no Brasil nunca se fez justiça. Na época do descobrimento do Brasil promoveram um genocídio indígena, mataram muitos índios, e ninguém foi responsabilizado por isso. Ao contrário, deram nomes de estradas, de ruas, de escolas desses grandes assassinos de índios.

O Brasil tem mais de três séculos de escravidão, e também não foi feita justiça nenhuma. Os grandes escravocratas, os que promoveram a chacina de índios, foram homenageados com estradas, escolas, e assim por diante. E a ditadura militar também, promoveram assassinatos, torturas, o que tem de pior, e eles são premiados.

O atual presidente da República diz que o maior orgulho dele é o maior torturador do Brasil que é o Brilhante Ustra. Esses dias, o presidente da República fez uma homenagem ao maior assassino do Chile que foi o Pinochet. Assim, se você tem um presidente da República que se sente à vontade para homenagear torturadores, assassinos, imagina a sinalização que eles passam as outras pessoas: que tudo pode nesse país, que nunca vai acontecer justiça nenhuma que ninguém vai ser responsabilizado, e ninguém vai ser preso por isso.

Então nós queremos trabalhar nisso, nós queremos responsabilizar e fazer justiça. Torturador, assassino, violência do estado tem que ser criminalizados, e tem que pagar na justiça penal. Ser responsabilizado por isso.

Esse é o instituto Vladimir Herzog.

Rayane - E como caminham juntos o Instituto e o projeto Respeitar é Preciso?

Sr. Rogério Sottilli – Esse projeto foi pensado e desenvolvido originalmente pelo Instituto Vladimir Herzog. Mas acreditamos que ele só será eficaz quando esse projeto for incorporado pela Secretaria de Educação. Não pode ser um projeto do Instituto para São Paulo. A Secretaria de Educação tem que acreditar nisso. O Instituto discutiu muito com a Secretaria, com os professores, fez as adequações, para que isso seja incorporado pela educação de São Paulo. E nós ajudamos com tudo: verbalização de eventos como esse, metodologia com os cursos, e assim por diante. Nós respeitamos muito essa parceria. Esse projeto não existe só com o Instituto Vladimir Herzog, só vai existir se essa parceria entre a educação e Instituto existirem efetivamente. E São Paulo está muito bonito por causa disso.

ALUNOS DA EMEF LOURENÇO FILHO “AEL ILAN BRENMAN” PARTICIPAM DA 11ª SEMANA DE ESTUDO E LEITURA “THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO”

  O evento contou com a participação dos alunos da AEL “Ilan Brenman” e da equipe do Imprensa jovem “Lourenço em Destaque”, dos professores ...